sábado, 11 de outubro de 2008

E-Learning

Distância Transaccional

A nível da Educação à distância, a distância transaccional valida a função do diálogo e da estrutura.
Segundo Moore (1980), esta distância seria tanto mais curta quanto a integração do aluno no ensino. Se houver diálogo frequente entre o instrutor e os estudantes, haverá uma distância transaccional mais curta. Deste modo, à distância mais longa assemelha-se uma elevada estrutura e diálogo baixo; e a distância transaccional mais curta é sinónimo de baixa estrutura, mas elevado diálogo.
Na sequência de uma explicação à distância transaccional, Moore e Kearsley (1996) fizeram surgir a Teoria da Distância Transaccional. Esta teoria foi formada a partir das componentes autonomia do estudante, diálogo e estrutura.
No entanto, a par da Teoria da Distância Transaccional e de experimentações realizadas a um grupo de 30 estudantes (Saba e Shearer; 1994) verificou-se que a distância transaccional é directamente proporcional ao diálogo, mas inversamente proporcional à estrutura.
A autonomia e independência do aluno na Educação à Distância, segundo Garrison e Bayton (1987), são importantes para este tipo de ensino mas não foram detidos como sinais de resultados bem definidos. Assim, estes autores sugerem que, quer a autonomia, quer os elementos de distância transaccional estão interligados de uma forma conjunta.
Apesar dos estudos realizados anteriormente, nenhum deles destacou o significado ou implicações da distância transaccional. A Teoria da Distância Transaccional interliga-se com os resultados dos alunos em diversas variáveis, contudo tem funcionado como teoria descritiva ao invés de preditiva.

Porquê esta revisão


O surgimento desta revisão deu-se devido a duas questões igualmente concernentes: qual a constituição do ensino on-line e qual a natureza dos conteúdos do mesmo.
Na certeza de que o ensino é essencial para todos, investigadores fizeram imergir a primeira questão. Toma-se que, no ensino, é importante haver um mediador capaz de instruir, explicar, encorajar, fornecer feedback, etc. De igual forma, um aluno, inserido numa comunidade, é capaz de desenvolver maiores capacidades de aprendizagem, inter-ajuda e organizar ideias e informação, com a firmeza de que o mediador irá apresentar um papel importante na discussão. Ora, nos demais cursos à distância, não era possível obter este tipo de interacção. No ensino online passou a ser possível haver a interacção entre o professor- alunos e alunos-alunos.
Apesar desta conclusão, os estudos nesta área ainda estão a iniciar e outro assunto que também se torna pertinente é a função interactiva dos professores. Assunto esse que dará continuidade às investigações na área da Educação à online.
Relativamente ao conteúdo, é importante salientar que, para além do conteúdo a ser ensinado, é necessário haver a pedagogia de usar as tecnologias. Situação que não é favorável no que requer à transmissão a partir de um texto. Ao encarar o ensino online como uma simplificação ou moderação de uma discussão, alguns autores consideram que o conhecimento do conteúdo seja pouco necessário. Saber facilitar acaba por ser mais importante que o aprofundamento do conteúdo.
No entanto, esta forma de ver o ensino online é mais aproximada a uma conclusão do que propriamente uma investigação. Digamos que esta conclusão não é complementar ao ensino eficaz, em que o conteúdo é importante. Tais sugestões terão sido tomadas como uma constatação de investigação porque foram concluídas a partir de estudos de cursos online e de anteriores meios de educação à distância.